IrokoIroko ou
Tempo, como também é conhecido, é um Orixá muito antigo. Iroko foi a primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão
Tempo.
Iroko,
Iroco ou
Roko (do iorubá
Íròkò) é um Orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao
Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.
Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam diretamente na sua ação eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que
governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia como
Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao caminho da Eternidade.
É o Tempo também das
mudanças climáticas, as variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias
é o coletivo das árvores grandiosas,
guardião da ancestralidade.
Na África, a sua morada é a árvore iroko - Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “
amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que
atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.
No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que Iroko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria (também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) ao seu redor.
Iroko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da natureza, a
morada dos Orixás.
Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue. Iroko representa a história do
Ilê (casa), assim como do seu povo - qual protege sempre das tempestades.
Ao contrário da maioria dos Orixás, este não costuma vir nas festas de santo, nem ser feito na cabeça dos fiéis. É reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa.
Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.
CoresBranco, Verde (ou Cinza) e Castanho
SaudaçãoIroko i Só! Eeró!
OgumQuem de nós, seres humanos, não tem como ideal a liberdade? A liberdade de ser, de estar, de fazer, de se movimentar, de
agir com força,
determinação e
muita proteção?
Sendo assim, se seu sonho de liberdade é algo a ser conquistado, saiba que os -
negros africanos - aqueles que nasceram livres e foram reduzidos à humilíssima condição de escravos - cultuavam Ogum, pois era Ele quem dava a
Força de que necessitavam para conseguir a liberdade.
Ogum é o
Orixá da Guerra, o
Senhor da Batalha, o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.
Ogum é o que vem primeiro, o que está sempre à frente, um
líder nato. Ele conhece e domina todos os caminhos, por isso nunca se perde e está sempre ajudando quando corretamente evocado.
Diante disso, cultuar Ogum é vital para quem quer conseguir vencer as suas batalhas com força, coragem e determinação. Ogum é aquele que
sempre está de “ronda” para proteger os injustiçados, é a
Lei e a Ordem.
Data festiva23 de abril
SaudaçãoOgunhê, Meu Pai!Patacuri Ogum!Sincretismo religiosoSão Jorge
CorAzul escuro
Ponto de forçaEstradas e caminhos, estradas de ferro, o meio da encruzilhada
Nanã BuruquêNanã Buruquê é representada como a
grande avó de energia amorosa e feminina, é a Ela que clamamos quando precisamos de nos
auto-perdoar e nos
libertar do passado. Ela representa o
colo que aconchega acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria. A Orixá Nanã Buruquê rege sobre a
maturidade, portanto está sempre associada à
maternidade (a vida).
Nanã está na
Linha da Evolução, um raio essencial para o
crescimento dos seres. Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, onde ficam prontos para reencarnarem. Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, onde decanta o emocional dos seres, preparando-os para uma nova “vida”.
É Ela quem faz esquecer, é Ela quem deixa morrer para renascer. O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a deusa dos pântanos, da morte (associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência. Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas decisões, oferece
segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.
A
Mãe das águas e das
Iabás (Orixás femininos), pois é a mais velha das mães. É a
senhora de muitos búzios, que simboliza a morte por estarem vazios e a fecundidade porque lembrarem os órgãos genitais femininos. Nanã sintetiza em si
a vida e a morte, a fecundidade e a riqueza.
NOTA: Nanã é conhecida, por dois nomes distintos:
Nanã Buruquê, a
Avó de Oxalá e
Nanã Burucum ou
Nanã-Buruku (iku, “morte”), a
Mãe de todos os Exus.
Data Festiva26 de Julho
SaudaçãoSaluba Nanã (dona do pote da Terra)
SincretismoNossa Senhora Sant’ana
Sua CorVioleta ou Lilás (sabedoria)
Fontes dos Textos:O Candomblé - A Magia dos Orixás - IrokoUmbanda Carismática :: OgumUmbanda Carismática :: Nanã BuruquêImagem:
Postais Pau Brasilis