sábado, 1 de maio de 2010

Sábado é dia das Iabás!


Iemanjá

A majestade dos mares, Senhora da calunga grande (mar) também conhecida como Senhora da Coroa Estrelada ou Janaina (do tupi-africano) é a deusa do mar e protetora das mães e das esposas, representando a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes. Adora cuidar de crianças e animais domésticos. À ela também pertence a fecundidade e a proteção aos pescadores e jangadeiros.

A regência de Iemanjá em nossas vidas se manifesta naquela necessidade que temos de saber se aqueles que amamos estão bem, é a dor pela preocupação, é o amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.

É ela quem dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos. É o sentido da união por laços consangüíneos ou não.

Num Terreiro, Iemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo, portanto assim como Oxalá é o Pai da Umbanda e Princípio Gerador Masculino, Iemanjá é a Grande Mãe da Umbanda onde ao juntar-se com Oxalá complementam-se com seu Princípio Gerador Feminino.

Data festiva: (dependendo do Estado)
15 de agosto
2 de fevereiro
8 de dezembro

Saudação:
Odô-fe-iaba!
Odoiá!
Odociába!

Símbolo:
Lua minguante, ondas, peixes

Sincretismo religioso:
Nossa Senhora das Candeias,
Nossa Senhora da Glória,
Nossa Senhora dos Navegantes

Cores:
Branco cristalino ou Azul claro

Instrumento:
Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro

Ponto de força:
Mar

Ponto para Iemanjá

Mãe d'água, rainha das ondas, sereia do mar

Mãe d'água seu canto é bonito quando vai zuar


Iê Iemanjá (2x)

Rainha das ondas, sereia do Mar (2x)


É bonito o canto de Iemanjá

Sempre faz o pescador chorar

ele escuta a mãe d'água a cantar

e vai com ela pro fundo do mar



Oxum

É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice.

Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Iemanjá.

A regência fascinante de Oxum é o processo de fecundação, na multiplicação da célula mater. É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida.

É Oxum que “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entrega à Iemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança. Oxum não vê defeitos nos seus filhos. Os seus filhos são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.

Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana. O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por conseqüência, a felicidade.

De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor.

Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.

O toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá.
A dança de Oxum é a mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora. Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.

Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê. Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós.

Data festiva:
08 de dezembro

Saudação:
Eri ieiê ô,
Ore yèyé o,
Oraie iê Oxum,
Ai iê ieu Mamãe Oxum (Salve Senhora da Bondade e da Benevolência)

Símbolo:
Um coração do qual nasce um rio.

Sincretismo religioso:
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora da Conceição

Cores:
Amarelo dourado ou Cor de Rosa

Instrumento:
Abebé, um leque em forma circular dourado ou feito em latão que pode trazer um espelho no centro

Ponto de força:
Cachoeiras, Rios ou Nascentes


Ponto de Oxum

Oro mi ma
Oro mi maó
Oro mi maó
Abado a yeye o o

A iya Osùn
Osùn mi yeye o


Fonte dos Textos: Umbanda Carismática - Iemanjá
Umbanda Carismática - Oxum

Imagem:
Aurilda Sanches - Postais Pau Brasilis. (Todos os direitos reservados à autora.)

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